domingo, 22 de março de 2015

Simplesmente Acontece - o livro de Cecelia Ahern

E foi a leitura desse livro que me trouxe de volta a escrever aqui no blog. ^_^
Ele tem sido até bem comentado nas redes sociais porque chegou às salas de cinema do Brasil há pouco tempo.

Antes de lê-lo, eis o que eu sabia e o que pensei:
Primeiramente, eu odiei o título em português. "Simplesmente acontece" não quer dizer (quase) nada. É um título muito fraco, vamos ser francos!
Mas se formos falar de título, tome cuidado para não se confundir: o livro em inglês recebe o título "Love, Rosie" (Com amor, Rosie), mas anteriormente foi publicado como "Where rainbows end" ("Onde termina o arco-íris"). [não sei como uma editora/escritora/galera inteira pode concordar em mudar o nome de um livro já lançado! Pra mim, isso é um agouro danado!]
Na minha humilde opinião, qualquer um dos títulos ficaria MUITO melhor do que "Simplesmente acontece". Mas tenho que dizer que o título ideal deveria ser "Com amor, Rosie". É mais bonito, dá alguma ideia do que vai ser tratado e, logo que começamos a leitura, poderíamos entender a ligação com o título (falo já qual é).
Em relação às capas, aí a gente pode esperar de tudo, né? Reedições mudam a capa mesmo e isso é normal, principalmente quando é feita uma adaptação para o cinema, pois já esperamos elementos do filme, como o pôster e/ou os atores principais na capa. Isso não me incomoda, pessoalmente. Só não gostei de uma das capas do livro porque tem o fundo branco. Mas isso é besteira, é claro.

Vamos à leitura! Eu abri o e-book no caminho para o trabalho, na última segunda-feira, por curiosidade, pois tinha deixado o livro (físico) que eu estava lendo em casa. Se dependesse da capa ou do título, ele não seria o mais atraente pra mim. Mas aí eu comecei a ler... E fui completamente fisgada! A leitura terminou na quinta-feira da mesma semana! =) O motivo é o que o livro tem de mais legal: ele não é escrito em forma de narrativa! A história é contada através de recadinhos, bilhetes, (muitas) cartas e e-mails, chats, mensagens de texto de celular (acho), cartões de Natal, de aniversário, convites de casamento, cartas de admissão e demissão... É como se você tivesse descoberto a caixa de correspondências da vida de Rosie! E através dessa "caixa", você conhece todas as conversas mais importantes da vida dela, os momentos mais importantes - como quando ela descobre que está grávida e quando ela encara o falecimento do pai -, e as pessoas mais importantes da vida dela também, como Alex, seu melhor amigo desde os 6 anos de idade!
Esse é outro ponto fascinante: Rosie e Alex se correspondem, no livro, dos 6 aos 50 anos! É uma grande história de amizade, acima de tudo! E desse ponto da discussão (se é amizade ou não) eu não passo, porque se você quiser discutir se é uma história de amor ou de amizade, ou ainda se há amizade entre homens e mulheres, aí você precisa ler o livro. Caso contrário, corremos um grande risco de eu dar spoiler aqui e sei que ninguém quer isso...
A história se passa em Dublin, Irlanda, onde Rosie nasceu e passou a vida, e em Boston, EUA, para onde Alex se muda no último ano da escola (High School, nosso Ensino Médio).
Eles passam pelas descobertas sexuais, casamentos, divórcios, formação profissional, criação dos filhos, problemas financeiros, problemas na família, mudanças de cidade, novas amizades, solidão... É fascinante! A história é muito bem montada e as situações "narradas" são adoráveis! As minhas preferidas são o "acidente" com o suco de laranja entre Katie e Sally e quando Rosie conhece os dois "halterofilistas" num pub. Sério. Passei por aquelas gafes fofas e engraçadas em que estão todos em silêncio ao seu redor e você começa a rir sozinho. OMG!
Aos poucos, você percebe que está "mexendo" na caixa de correspondências de Rosie e que ela é, de algum modo, a narradora da história, porque a perspectiva da vida DELA é bem mais frequente do que a dos outros personagens. Sendo assim, você, como leitor, acompanha bem mais de perto os momentos de sofrimento pelo qual ela passa e fica uma ideia bem forte de que ela é uma pessoa que reclama muito da vida, mas, como ela mesma diz, não sem motivo. No entanto, você percebe também que, diante de Alex e alguns amigos, ela é sempre muito divertida e bem-humorada. Algo que muitas vezes fazemos, nós mesmos: com alguns amigos, tentamos mascarar nossa dor; com outros, você se abre, o que é ruim quando o sofrimento é muito grande ou frequente, porque você acaba descarregando muita tensão e negatividade em quem quer lhe ajudar...
Essa foi uma das reflexões que fiz durante a leitura. Outras também são inevitáveis, como a reflexão mais aprofundada de quem você é, se você sempre foi, se mudou muito, o que lhe fez mudar, como... Enfim, você pensa acerca de você mesmo menos maduro, tenta se ver na atualidade, tenta enxergar a imagem que passa. Acho que esse é o melhor aprendizado, se é que assim podemos chamar, do livro.
Além disso, ele me fez lembrar de uma época em que eu também escrevi cartas (entre 1994 e 1999) para alguns amigos que deixei em João Pessoa, durante o período em que morei em Patos, sertão da Paraíba. Foi um período de muita saudade e eu era adolescente, assim como Rosie e Alex quando tiveram que se separar por causa da mudança de cidade (e de país) de Alex. Fiquei meio saudosista durante a leitura...
No mais, a proposta do livro é excelente e a leitura vale mais a pena do que saber o final da história, ou do que a capa ou o título. ;) Recomendo!

Observações acerca do filme (mesmo sem eu ter assistido - por enquanto): é uma comédia romântica e conta a história deles até seus 29 anos. Isso não é suficiente para que achemos um melhor que o outro, afinal o filme sempre vai ser uma ADAPTAÇÃO, ou seja, deve-se esperar que sejam tirados alguns elementos... É trágico, às vezes, mas é super comum, como sabemos. Mas já vi que houve personagens que mudaram de nome e eventos em que um deveria estar ausente fisicamente da vida do outro e, no filme, não estava... Bem, algumas mudanças ficam difíceis de engolir... Vamos ao cinema nessa semana e depois eu volto por aqui.
Beijos a todos! Bom revê-los por aqui.
Inté! :*

"Acho que preciso encarar o que eu poderia ter sido para poder compreender e aceitar quem eu sou."

Reativar blog: é pra já!

Aqui estamos nós novamente para escrever nesse bloguinho lindo e desprezado. Mas agora é pra valer!
Nesta semana eu li um livro (Simplesmente Acontece, de Cecelia Ahern) e fiquei louca pra escrever sobre ele. Não sei se você sabe como é, mas é uma dessas vontades que dão na gente e não se sabe explicar o porquê. Acho que é por querer falar da obra à qual você se apegou com alguém, mas nem sempre tem com quem comentar. Vocês sabem como é isso... Mas na worldweb sempre se tem com quem conversar, sobre tudo!
Por isso, ó nois aqui travez.
Sobre o livro, vou terminar de escrever, já já.
Sobre o blog, um resumo de toda história:
1. Antes de tudo: comecei a escrever meus pequenos textos, algumas ideias e poemas.
2. Antes ainda: decidi escrever um blog específico acerca das aulas que eu dava - trabalhava exclusivamente lecionando português (gramática, produção textual, literatura) e afins (redação oficial, comunicação oral, oratória...).
3. Depois: comecei a diminuir muitíssimo a quantidade de postagens, até abandonar o negócio. :(
4. Recentemente - especificamente, em 2014: decidi retomar o blog e passei muito tempo pensando muita coisa, como um novo nome pro blog, temas, se faço vídeo ou não, se compro um domínio ou não... E acabei só pensando e nada fazendo. :/
5. Hoje: a decisão está tomada e por isso estamos aqui. Que rumo o blog vai tomar eu ainda não sei. Decidi parar de pensar demais nesses detalhes e colocar as mãos na massa.
E espero não tirar nem tão cedo.

Bjs a todos!
Inté!