Que imagem nós temos da professorinha de antigamente? Aquela professora bem senhora, enrugada, que sempre usava óculos e anágua? Ou seria a imagem da professora Helena, de Carrossel? Aquela que parecia mais uma princesa de tão linda e perfeita, e que nos fazia suspirar, meninos e meninas, diante de sua docilidade e perfeição?
Bem, não é assim que vemos hoje as nossas professoras... Se não forem tão senhoras, como a primeira descrição (existem as que insistem em embrutecer junto com o tempo!)
Se ela trabalha com crianças, fala papelzinho, tarefinha, cabelinho) e tende a se vestir de modo infantil (estampa de bichinhos, personagens de desenho animado, presilha no cabelo...). Além de ficar mais flexível e doce: Só dessa vez você vai, viu, queridinho?
Se trabalha com adolescentes também permanece adolescente: usa o cabelo comprido, jeans e tênis, fica mais intolerante e paquerador (não dentro da sala, óbvio!). Sempre tem um aluno (ou aluna, né?) apaixonado(a) por ela...
Se trabalha com adultos, fica regrada. Conta com a compreensão da turma, veste-se sempre muito elegantemente e deve usar o cabelo preso ou curto, além de um perfume marcante, porém sóbrio.
Ao prestar assessoria a idosos, a professora também vai manter as características de sua turma: vai ser muito bem-humorada, vai ser também muito crítica (criticando a tudo e a todos), vai sofrer de esquecimento e vai se vestir com tons neutros e peças discretas (nada de decotes, senão “mata o velho!”).
Mas o que é mais importante perceber é que, na medida em que a turma vai se adaptando ao professor e conhecendo-o, nessa mesma medida o professor se assemelha a sua turma, em verdade.
Agraciados são aqueles que lecionam aos mais novos de espírito e, com isso, prolongam sua juventude. Mas, independentemente do público, a professora é sempre uma mente jovem a renovar saberes e poderes nas pessoas...
Só lhe falta liberdade para dispor dessa juventude...
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